Um dos temas que permeia inúmeras discussões sobre empresas, bem sucedidas ou não, é a cultura organizacional.
Entender, nomear e concretizar cultura é também um assunto riquíssimo e que geram inúmeros artigos, workshops, ações organizacionais, grupos de estudo. Há quem fale que cultura não é algo palpável, praticamente imperceptível e há a proposta da do livro O Elo Perdido e com a qual eu me identifiquei bastante.
Já na introdução somos brindados com o que considerei como uma definição do que é cultura e que é chamada pelos organizadores do livro de coordenação informal: … “essa capacidade de gerar alinhamento, pela formulação de uma visão comum no tempo, abrindo espaços para uma comunicação efetiva, e a subsequente capacidade de implementar as ações de forma eficiente, somando inteligências e esforços”.
A riqueza, a potência e a simplicidade dessa “definição” abriu um caminho para a minha compreensão de eventos profissionais e pessoais vividos nos últimos 15 anos, além de melhorar a proposição de ações nos meus projetos de consultoria, assim como também facilitou o entendimento do motivo pelo qual algumas coisas não funcionaram em algumas propostas.
Outro aspecto que essa leitura me permitiu foi dar robustez ao diagnóstico que realizo antes de iniciar um projeto de consultoria, trazendo uma riqueza de informações e identificação dos fatores que facilitam e os que dificultam o trabalho, consomem recursos valiosos da empresa, e como os mesmo impactam a cultura organizacional.
A relevância de um diagnóstico é muito maior e mais profunda do que se imagina. E aqui estamos falando de um diagnóstico com base em entrevistas, contato pessoal e a intenção de explorar a realidade a fim de compreender aqueles detalhes que poderão fazer diferença no resultado final buscado pelo cliente.
Quando criamos as condições, a intenção, estabelecemos um contrato psicológico, criamos uma relação de confiança e conexão com o entrevistado, a pessoa se sente ouvida, chamada a contribuir e falar com as suas palavras e percepção sobre quais são os aspectos que ela considera importantes e que poderão gerar a mudança necessária para alcançar resultados melhores.
Um bom diagnóstico contribui para a identificação dos principais paradoxos vividos pela organização e que impactam positiva ou negativamente suas capacidades organizacionais, prontidão para a mudança, apetite para a inovação, permitindo assim a elaboração de um bom projeto de consultoria e uma intervenção mais eficazes.
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